terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Autobiografia cover. Pode?

Meu nome é esse mesmo, Manuela Penque. Em 2011 já tive 2 idades, 26 e 27 anos. Espero que ano que vem tenha a mesma sorte. Sou do signo de capricórnio, mas nunca soube o que isso quer dizer. Tenho um programa na TV a cabo sobre relacionamentos, o que muitas vezes causa o fim dos meus. Tenho experiência suficiente para saber que não sou experiente. Tenho conta em 3 bancos diferentes, mas não tenho dinheiro em nenhum deles. Não guardo rancor por absoluta falta de espaço. Minha estação preferida é o verão no inverno e o inverno no verão. Tenho perguntas sobre tudo, mas nem sempre me dou ao trabalho de correr atrás das respostas. Tenho cabelos ralos desde que nasci, mas a tecnologia e alguma indiana morta me deram a chance de mudar condição em apenas 4 horas. Demorou o mesmo tempo da minha cirurgia de nariz, que fiz por vaidade, mas juro de pé junto que foi por causa de um desvio de septo. Pelo menos o seguro saúde acreditou. Tenho silicone, mas é no queixo. Gosto de escrever no papel com caneta, mas inevitavelmente quando coloco o ponto final do texto, passo para o computador. Tenho medo de perder meus arquivos, mas nunca faço backup e acho que nem sei como fazer. Tento ser equilibrada diariamente, mas confesso que geralmente fracasso. Procuro sempre manter o mesmo nível de humor, mas a culpa não é minha: tem dias que o leitor está mais fraco.

Baseado na autobiografia de um fôlego só do livro “O homem ao Zero” de Leon Eliachar, 1960.

6 comentários:

Larissa Moura disse...

Adorei sua autobiografia! Também sou capricorniana, seja lá o que isso queira dizer. Rs. Sempre te assisti no multishow e já estou com saudades do programa, te acho super cômica e divertida. Beijoo

Manuela Penque disse...

Obrigada querida! Já já você me verá de novo lá no Multishow! Aproveite o blog e divirta-se!
Bjos capricorniana! (seja lá o que isso quer dizer!)

Marcos disse...

Complicada e perfeitinha, acho q seria as palavras exatas q descrever vc Manu. Não cheguei ainda a te conhecer pessoalmente, mas jah criei um grande carinho por ti, quem sabe pelas varias retwitadas q damos um ao outro ou pelo simples fato de vc ser uma pessoa realmente maravilhosa.
parabéns querida, pela originalidade e auto aceitação.

Tha disse...

Minha nossa senhora!!! Como escreves bem, senhorita!! Tô amando muito tudo isso! Beijos, Tha

Fabio Marinho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fanzine Episódio Cultural disse...

Lágrimas de Areia

Lá estava ela, triste e taciturna.
Testemunha de efêmeros conflitos,
Com um olhar perdido no tempo,
Não exigia nada em troca
A não ser um pouco de atenção.

Sentia-se solitária, oca,
Os homens admiravam-na pelos seus dotes.
As crianças, em sua eterna plenitude,
Admiravam-na muito mais além...
... Mais humana!

De sua profunda melancolia
Lágrimas surgiram.
Elas não umedeceram o seu rosto,
Mas secaram o seu coração,
O poço da alma,
Aumentando cada vez mais
A sua sede.

Lá ela permaneceu; estática, paralisada!
Esperando que o vento do norte a levasse
Para bem longe dali!

O dia começou a desfalecer.
Seu coração, outrora seco e vazio,
Agora pulsava em desenfreada arritmia.
Desespero!
A maré estava subindo...

Em breve voltaria a ser o que era:
Um simples grão de areia.
Quiçá um dia levado pelo vento,
Quiçá um dia... Em um porto seguro.


Do livro (O Anjo e a Tempestade) de Agamenon Troyan