sexta-feira, 29 de abril de 2011
E ela disse SIM! :(
segunda-feira, 25 de abril de 2011
No estacionamento do shopping
Ontem, eu fui almoçar com uma amiga num shopping aqui do Rio. Quando entramos no estacionamento, vimos uma picape sendo dirigida por um lindo rapaz de óculos escuros. Ficamos tão vidradas no cara que nem percebemos que ele estava com duas crianças no banco de trás. Até aí, beleza! Porque levando duas crianças ao shopping, sem mulher do lado, num domingo à tarde, o cara com certeza é divorciado. Ninguém pensou duas vezes, vamos arrumar uma vaga do lado. E lá fomos nós seguindo a picape e o papai.
Depois de subir todos os andares de garagem, conseguimos uma vaga ao lado da dele. Porém, como a maioria dos motoristas de fim de semana, colocou a seta e deu ré para colocar na vaga. Nós chegamos pra trás e fizemos o mesmo. Do nada, aparece o tal papai ao lado do vidro. Nós ficamos nervosas. E ele diz: “Seu carro tá amassado” e minha amiga: “Sim, está”. Ele: “desculpa, meu carro é grande não vi, só um minuto já volto!” Nesse momento nos entre olhamos e perguntamos se ele trabalharia com lanternagem ou no martelinho de ouro. E vou contar, o cara era bonito só dentro do carro mesmo e com óculos escuros, rolava um a pança de vô. Já fora do carro, ele entrega o seu cartão e coloca o telefone do corretor de seguros. Aí vira e fala: “desculpa, eu tô super com pressa, vou levar meus filhos ao teatro, mas ta aqui os meus contatos, me dá os seus.” Resposta certa: “Pode deixar que eu te ligo”.
Ficou a dúvida. Será que o cara achou realmente que bateu no carro da minha amiga (ele nem sequem passou perto do carro) e ela ganhou um conserto grátis ou ele é estilo CAFA e só fez essa cena pra disfarçar pros filhos e dar uma paquerada?
domingo, 24 de abril de 2011
A zica do corpete
O primo Rico e o primo Pobre
Me enganei
Caixas
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Teoria do Repolho
Quem nunca levou um fora na vida? Um toco? Um bloqueio triplo da Rússia? E, ainda assim, continuou insistindo em conquistar a outra pessoa, mesmo que todas as informações e sinais recebidos tivessem deixado bem claro que, não, meu amigo, você não vai conseguir nada? Isso é normal e saudável, até certo ponto. É tomando na bunda que se aprende a deixar de ser mané, certo? Nem sempre.
Há situações pelas quais todos nós já passamos um dia (e ainda vivemos e viveremos) em que tomar um fora, um chega para lá e insistir no erro é apenas o primeiro passo de um longo e tenebroso processo de destruição da auto-estima. É quando viramos “repolhinhos”. Tem o outro lado também: quando estamos por cima da carne seca, criamos “repolhinhos”. Somos os “regadores” ou “repolhadores”. Não entendeu? Fácil explicar. A história é comprida, mas vou tentar resumi-la aqui.
Quando você tem uma hortinha, tem ali um repolhinho, que você rega toda semana, para não deixá-lo morrer. Ao mesmo tempo, o tal repolhinho é uma parada que não vai te saciar, que vai apenas servir para você passar o tempo e comer enquanto a refeição principal não chega. Por isso mesmo, você não pode perder todo o seu tempo adubando esse repolho para deixá-lo crescer. Tem que dar uma mijadinha básica nele ou tacar um pouco de estrume apenas o suficiente para não deixá-lo morrer. Assim, o pobre diabo agoniza em vida, mas fica ali, sempre dando as caras na sua horta.
Na vida real é assim também. Em qualquer
relação amorosa desequilibrada, a gente tem repolhihos e é repolhado. O repolhinho é aquela pessoa que se pegou contigo algumas vezes e, coitado, caiu na besteira de gostar mais de você do que você dele. O problema é que você vai brincando de dar uns amassos na pessoa, evolui um pouco o nível de sacanagem, a pegação esquenta e, de repente, você se dá conta de que, apesar de estar na maior curtição descomprometida, tem um ser humano ali do outro lado, com sentimentos, emoções e coração, que está perdidamente apaixonado por você. E é aí que mora o perigo. Assim como o repolho da horta supra-citada, o seu “repolhinho” real não vai crescer nunca, mas é bom pro seu ego e pra sua saúde que ele fique ali, sempre à postos. E, invariavelmente, o pobre do repolho se fode até o pescoço nesse tipo de relação. O repolhinho humano, por assim dizer, tem duas características bem típicas:
1) Ele está sempre disponível para quando você (o repolhador) quiser. Ele tem aniversário do pai, casamento do irmão e formatura da melhor amiga no mesmo dia e você liga, bêbado às 2h da manhã de uma sexta pro celular do simpático vegetal folhoso e pergunta: “Tá fazendo alguma coisa? Vem aqui pra casa para a gente ver um filme e comer uma pizzazinha”. O repolho, na condição de refeição sempre a postos, não titubeia e, esquecendo-se do mundo que o cerca, responde: “Não, não tenho nada demais pra fazer hoje não. Tô indo aí já”. E aí, o repolho “fode” (com o perdão da palavra, mas não tem outra mais apropriada) a noite inteira e acorda com uma sensação de ressaca moral no outro dia. Se sente um merda, usado, manipulado. Mas nada disso faz diferença. A essa altura do campeonato, o pobre repolho já está coberto de folhas até o pescoço. Não conseguirá tão cedo sair de tal condição. Uma semana depois, o repolho vai estar fazendo a mesma coisa, cometendo os mesmos erros. Sempre a postos!!!
2) O repolhinho mantém uma vã ilusão de que vá um dia ser içado à condição de prato principal na refeição do regador. Isso não acontece em 99,99% dos casos, é fato. É uma situação patética, porque, coitado, o repolho não se esquece de que, assim que começar a ganhar vida, o “repolhador” vai parar de regá-lo e o jogará para escanteio. E essa esperança mínima, contudo, é a força-motriz que coloca o pobre repolhinho de volta ao item 1: ele está sempre disponível.
O pior de tudo isso é que, mesmo sabendo desse triste fim dos repolhinhos, todos nós incorremos ou incorreremos no erro de repolhar e ser repolhado muitas vezes na vida. Resta saber acabar com a história antes de apodrecer. E procurar outra horta pra morar.
Créditos a biatrixx , corramary e ao totalmente sem noção.