sábado, 16 de julho de 2011

O Despertar de uma Primavera




É, eu sei. Desapareci daqui por mais de um mês. Mas não foi por falta de amor não. Juro! Pelo contrário. Acho que minha ausência se deve por causa do despertar de um amor. Um amor pela profissão, pela encenação, pela estória, pela pesquisa, pelo esforço, pelo trabalho, pelo todo! Um amor difícil, um flerte que durava 2 anos já e que somente ali naquelas 4 semanas começou a desabrochar.
E como foi bonito. E não por isso pouco sofrido. Muitos joelhos roxos, músculos distendidos e muitos cabelos arrancados, vozes pedidas e lágrimas. Muitas lágrimas, de tristeza e de alegria. De frustração e de superação.
A possibilidade de ser parte de uma peça tão presente em nossas curtas vidas na arte. A chance de nos divertir e nos colocar nos lugares de atores que fizeram sucesso e até causaram polêmica ao colocar uma menina de 16 anos com os seis a mostra numa montagem. Bem, ali ninguém tinha menos de 18 anos. Mesmo assim a vontade de representar aqueles garotos alemães que viveram no final do século XIX, com toda a sua sexualidade e seus problemas de suicídio contagiou um grupo que parecia estar a muito adormecido. Nada melhor que O Despertar da Primavera para despertar a arte do coletivo em cada um de nós. É claro que em uns mais e outros menos. Mas o importante é que o nosso sonho era um só.
Finalmente entendemos que dependia somente de nós mesmos. E conseguimos! Nos divertimos, brigamos, demos risadas e choramos feito crianças, discutimos e superamos, cantamos e dançamos, aplaudimos e fomos muito aplaudidos, nos demos as mãos e nos desejamos MERDA! E olha, se estivéssemos no tempo da carruagem* teríamos muita! O público foi fundamental. Mesmo com sessões onde havia 13 pessoas na platéia, o grupo era o mesmo que para uma casa lotada. O amor era o mesmo! O processo foi prazeroso a ponto do resultado ser motivo de aplausos.
Aplausos para o conhecimento. Aplausos para a superação. Aplausos para a compreensão. Aplausos para concessões. Aplausos para discussões. Aplausos para o coletivo. Aplausos para o teatro. Aplausos para nós mesmos.

À turma Reg 3 E CAL 2011 e ao mestre Paulo Afonso de Lima.

3 comentários:

Lucas Schultheiss Monteiro disse...

Aplausos pra vocês mesmos! Mais do que merecido este "Despertar" que vocês deram para a arte e a arte que "Despertou" em vocês.

Luis Claudio Melo disse...

Fui, vi e gostei...

Manuela Penque disse...

Obrigada Lucas!!!!
E muito, muito obrigada Luis por vc ter ido. Melhor ainda que gostou do que viu! AMEI sua presença!!!
Bjos