quarta-feira, 18 de maio de 2011

Um convite inusitado.

Semana passada recebi um convite inusitado, festa de aniversário de uma amiga do teatro numa Boate de Strip. Eu nunca tinha ido e como era 0800 (até meia noite, após era R$30) e meu namorado tava animado com a chance de ver peitos ao meu lado sem nenhum nhenhenhém, achei que seria uma oportunidade para matar uma curiosidade fazer uma média com a galera e fazer um namorado mais feliz. Depois de ter que resolver o dilema de que roupa usar num evento desse tipo (sim, é um dilema maior, porque eu não queria ser confundida com nenhuma das funcionárias da casa, mas eu não iria deixar por menos, nada nessa vida me faria ir ao local parecendo uma freira). Cheguei com um grupo de 5 homens. Faltavam 20 minutos para a meia noite quando descemos as escadas e um senhor vestido de 007 abriu as portas do inferninho e nos saudou. Depois de um dos amigos anunciar que estava ali para um aniversário, o tio do James Bond brasileiro abre um sorriso e nos informa que a aniversariante não tinha chegado e junto com ela a lista de convidados. Acho que meu olhar o fez entender que não pagaria um centavo para entrar ali e logo se dispôs a anotar nossos nomes para conferir quando a menina chegasse. Logo notei que o local estava vazio e que parecia uma boate normal, com exceção aos postes de dança que logo foram tomados pelas dançarinas da casa. Não demorou muito os outros convidados foram chegando para meu alívio, pois já não sabia para onde olhar e estava com receio de ir ao banheiro sozinha. Olha, preciso confessar, eu não sou tão pra frente assim se isso quer dizer que freqüentar boate de strip club, a.k.a. puteiro é pra lá de normal. Ufa! Pronto falei! Mas calma, também não faz de mim uma Bolsonaro da vida. Eu até entendo e respeito à curiosidade com o obscuro mundo do sexo, mas aí a bater ponto e se esfregar naqueles postes de dança é um pouco demais para a minha pessoa. Para minha surpresa a maioria dos convidados estava super a vontade e a procedência da limpeza daqueles postes com certeza era a última preocupação deles. A animação era tanta que as profissionais do sexo nem estavam mais ligando daquela galera atrapalhando o trabalho que passaram a dar aulas de pole dance. E elas mandavam bem. Eu é que realmente não fiquei confortável e nem 1 hora depois eu já estava fora dali querendo muito o meu cobertor. Mas como tinha visita, lá fui eu convencida a ir a uma boate classe média alta da zona sul. Pagamos R$60 para entrar e sabe o que eu notei? A mulherada tava vestida igual as “primas” lá do inferninho. Senti que troquei seis por meia dúzia.


2 comentários:

Aniel disse...

Hahahaha... Adorei... trocou seis por meia dúzia... assim é a vida meu filha...

Manuela Penque disse...

e ainda paguei bem mais caro.... aff!