segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Toy Story faz parte do meu trauma


Esse ano minha maratona anual do Oscar jogou na minha cara um trauma de pré-adolescente. Vou compartilhar! Seguinte: Era 1995 eu tinha 11 anos quase 12 e estudava na 5ª série do ensino fundamental na parte da manhã, o que hoje não sei o que corresponde já que nego mudou a coisa toda. Tinha um menino lindo que todas as meninas da série eram caidinhas por ele, contando os projetos de piriquetes mirins que tentavam a todo custo negociar sua atenção com o mini Adônis em troca de guloseimas e eu. Golpe baixo! Nós tínhamos 11 anos. Doce era nossa droga e até eu daria mole pra elas em troca de pipoca doce. E eu acordava as 6 da manhã com uma olheira de dar inveja ao conde Drácula. Não sei por que cargas d’água a professora resolveu fazer um mapa da sala e ele ficava exatamente do meu lado. E menos ainda o porquê entre todas ele resolveu logo dar mole pra mim. Eu cai como uma patinha. O charme daquele moleque fazia cada vez mais minha cabeça e preenchia meu coração. Combinamos um encontro no cinema na sexta feira, mas não era exatamente um encontro já que toda a galera ia. Afinal de contas tinhas 11 anos sair sozinha só era permitido em bando e assistir a Toy Story no cinema era o programa mais quente para nós! Fiz minha mãe ir comprar roupas comigo no shopping e nem dormi direito de quinta para sexta. Era a primeira vez que ia sair com um menino. Já tinha beijado antes, mas nunca tinha tido um “encontro”. Na sexta acordei bem cedo pra ficar o mais bonita possível e me certificar de que não esqueceria nada. Cheguei ao colégio procurando por ele. Nem sinal.Naquele dia, aquele vazio da cadeira era o mesmo que estava no meu coração. Mas a esperança era a última que iria morrer. Talvez a mãe dele tivesse perdido a hora e não conseguiu levar ele pro colégio. Ele encontra com a gente no cinema. Certo? Errado! Toy Story começou e ele não apareceu. Primeiro encontro, primeiro bolo? Ninguém merece!

Na verdade nunca estive interessada em assistir esse filme e confesso que ele demorou uma eternidade para acabar. O maldito cowboy que tenta ser galã me fazia lembrar a todo o momento daquele moleque que tinha me dado o bolo. Tudo bem. Ele merecia uma chance para se explicar. Sábado e domingo que pareciam não acabar. Minha cabeça a mil. Nunca quis tanto que a segunda feira chegasse. Ela chegou e a professora nos comunicou que o menino que era dono do meu coração estava doente, tinha mononucleose e que ficaria muito tempo em casa. Que bom, pensei eu. Ele não me deu bolo! Ele ta doente! Quase cheguei a ficar feliz quando lembrei. Contraído mononucleose? Achei que ele fosse morrer! E muito nervosa perguntei a professora o que isso significava. Foi ai que veio o tiro de 12 na cara. Ela riu e disse é a conhecida doença do beijo. Se pega beijando várias pessoas diferentes e outras maneiras que eu não prestei atenção. Minha mente se mantia no beijando várias pessoas. Aquele cretino mirim!!!!

Demorou tanto tempo pra ele se recuperar que quando voltou, eu nem sentia mais nada por ele. Mas nunca mais consegui assistir a qualquer Toy Story.

7 comentários:

Anônimo disse...

adoreiiiiiiiiiii

Aniel disse...

Muito bom, não acho você a melhor blogueira que já li, mas as historias são muito interessantes e divertidas mesmo. Adorei!!! ;)

Manuela Penque disse...

hahahaha obrigada gata! Estou só começando!

Jessica יסכה disse...

Meu... "filhodaputagem" não tem idade mesmo! Ahhh, infeliz! Graças a D-us que não beijaste aquela boca! Gosto bastante de Toy Story, mesmo quando "cresci" e já estava na faculdade, ganhei uns bonecos da minha mãe. Meu personagem preferido é o Buzzlightyear. Quando tenho esses traumas amorosos, geralmente fico com nojo dos cheiros. Voltar a sentir o cheiro de algum perfume, comida ou objeto que marcou a situação é flashback na certa, podem passar cem anos. Tô adorando este cantinho, Manu! ;*

Unknown disse...

Fiquei um pouco preocupado com esse comentário da Manu: "obrigada gata!". Será que foi comigo???

Manuela Penque disse...

Foi pra minha amiga anônima!!!! Mas agradeço de coração vc tbem queridoooooooooo!

Unknown disse...

Não, tudo bem, é que tinha já dois dias pensando: me chamaram de "gata"?
E eu não me acho muito gato, mas isso sim tenho certeza absoluta que gata sou não. kkkkkkkk
Ok, não tem que agradecer, de verdade foi muito boa a historia e gostei muito.
beijos...